Como Conseguir sua Cirurgia Plástica pelo Convênio?

Você já se perguntou se aquela cirurgia plástica que tanto deseja pode ser realizada pelo seu plano de saúde?

Essa dúvida é extremamente comum e, como cirurgião plástico, posso afirmar que existe uma linha tênue entre o que é considerado estético e o que é reparador aos olhos dos convênios médicos.

O plano de saúde/convênio cobre cirurgia plástica?

A resposta curta é: depende. Os planos de saúde são obrigados a cobrir cirurgias plásticas que sejam consideradas essenciais para a saúde do paciente e que estejam dentro do rol de procedimentos obrigatórios da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). 

É como se existissem dois caminhos diferentes na cirurgia plástica: o caminho estético, que visa apenas melhorar a aparência, e o caminho reparador, que busca restaurar funções ou corrigir problemas que afetam a saúde física e psicológica.

As cirurgias com fins puramente estéticos, como uma lipoaspiração para modelar o corpo ou um implante de silicone apenas para aumentar o volume dos seios, geralmente não são cobertas pelos planos de saúde. 

Por outro lado, procedimentos reparadores, que visam corrigir alterações funcionais ou deformidades, têm cobertura obrigatória.

Quem é o Dr. Ricardo da Fonseca?

Com mais de 10 anos de experiência, o cirurgião plástico Dr. Ricardo da Fonseca se dedica a se aprimorar nesta área médica, desde 2012.

Nosso consultório fica no bairro Juvevê e está à sua disposição para esclarecer suas dúvidas e te ajudar a alcançar seu objetivo.

Oferecemos um atendimento realmente exclusivo e as consultas levam o tempo que for necessário, uma hora, uma hora e meia, o tempo que for preciso…

O importante é que você saia da consulta com todas as dúvidas esclarecidas e um plano de tratamento que te satisfaça.

Utilizamos as melhores práticas para a cirurgia e, no pós-operatório, você recebe assistência humanizada e cuidadosa. 

O Dr. Ricardo realiza a cirurgia do início ao fim, deixando o centro cirúrgico somente depois da paciente acordar e estar completamente bem.

O pós-operatório é acompanhado pessoalmente pelo Dr. Ricardo, que deixa seu telefone pessoal disponível para todas as suas pacientes operadas.

Não realizamos atendimentos via convênio, mas podemos solicitar a cirurgia ao seu plano de saúde. Esta poderá ser coberta parcial ou integralmente, dependendo do seu contrato.

O Dr. Ricardo da Fonseca se especializou em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial e Cirurgia Plástica Infantil na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Ministério da Saúde (INTO).  

Realizou fellows em renomados hospitais da Austrália e Canadá, adquirindo experiência no que há de melhor na sua área. 

Em 2017, Dr. Ricardo da Fonseca começou a atender em Curitiba, tendo atuado nos seguintes hospitais:  

• Chefe do Serviço de Cirurgia da Face do Hospital Universitário Cajurú, de 2018 a 2019. 
• Membro da equipe de Cirurgia Plástica Infantil do Hospital Pequeno Príncipe de 2018 a 2020.  
• Preceptor do serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de 2019 a 2021. 
• Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, de 2020 a 2021. 

• Membro da equipe de Cirurgia Craniofacial do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie desde 2019. 
• Médico perito do estado de Santa Catarina e do Tribunal de Justiça do Paraná, desde 2021. 

Meu plano de saúde cobre cirurgia plástica?

Para descobrir se o seu plano específico cobre determinada cirurgia plástica, é necessário verificar:

1. O contrato do seu plano de saúde
2. O Rol de Procedimentos da ANS, que determina quais tratamentos e cirurgias os planos devem cobrir
3. Se o procedimento desejado tem justificativa médica reparadora

Pense no seu plano de saúde como um guarda-chuva: ele foi feito para proteger você das “tempestades” (problemas de saúde), mas não necessariamente para melhorar seu “visual” em dias ensolarados (questões puramente estéticas).

Quais tipos de cirurgia plástica o convênio cobre?

1. Mamoplastia redutora pelo convênio

A redução das mamas é um procedimento frequentemente coberto pelos planos quando há comprovação de problemas físicos.

Quando o volume mamário excessivo causa dores nas costas, ombros, pescoço, dermatites sob as mamas ou problemas posturais, o plano de saúde deve cobrir a cirurgia. 

É como se suas costas estivessem carregando uma mochila pesada o tempo todo – o plano reconhece que isso não é apenas um desconforto estético, mas um problema de saúde.

2. Abdominoplastia por convênio

A abdominoplastia (remoção do excesso de pele e gordura do abdômen) pode ser coberta em casos específicos, principalmente após grande perda de peso, como em pacientes pós-bariátricos. 

Imagine o excesso de pele como uma roupa muito grande: além do desconforto estético, ela causa irritações, infecções recorrentes e problemas posturais. Nesses casos, o plano de saúde pode cobrir a abdominoplastia, uma vez que o procedimento é considerado reparador.

3. Blefaroplastia pelo convênio

A blefaroplastia (cirurgia nas pálpebras) tem cobertura quando o excesso de pele nas pálpebras compromete a visão do paciente. 

É como se você estivesse tentando enxergar através de cortinas parcialmente fechadas – não é apenas uma questão de aparência, mas de função visual.

Se houver om exame comprovando essa limitação, o procedimento deve ser coberto pelo plano.

4. Rinoplastia reparadora convênio

A rinoplastia (cirurgia no nariz) pode ser coberta quando há problemas funcionais, como dificuldade respiratória por desvio de septo ou outras alterações estruturais, como a sequela de uma fratura.

Pense no seu nariz como uma porta de entrada de ar: se ela está parcialmente bloqueada, não é apenas um problema estético, mas funcional.

5. Correção de cicatriz pelo convênio

Cicatrizes hipertróficas, queloides ou deformantes resultantes de traumas, queimaduras ou cirurgias anteriores podem ter sua correção coberta pelo plano de saúde. 

Essas cicatrizes são como marcas que vão além da pele, afetando também o bem-estar psicológico e, em alguns casos, limitando movimentos.

6. Ninfoplastia pelo plano de saúde

A ninfoplastia, também conhecida como labioplastia, é um procedimento cirúrgico que consta no Rol de Procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e deve ser coberta pelos convênios médicos quando há comprovação de necessidade médica. 

Este procedimento visa corrigir a hipertrofia dos pequenos lábios vulvares, condição em que os pequenos lábios são maiores que os grandes lábios, podendo causar desconforto físico, dor durante relações sexuais (dispareunia), atrito e irritação durante atividades físicas, além de infecções urinárias recorrentes. 

Para obter a cobertura pelo plano de saúde, é fundamental que a cirurgia tenha finalidade reparadora e não puramente estética, sendo necessário um laudo médico detalhado, geralmente emitido por um cirurgião plástico, que comprove os problemas funcionais causados pela hipertrofia.

Cirurgia plástica reparadora é coberta pelo plano de saúde?

Sim! As cirurgias plásticas reparadoras têm cobertura obrigatória pelos planos de saúde, conforme determinação da ANS.

Esses procedimentos visam restaurar a função ou corrigir deformidades congênitas ou adquiridas.

Quais cirurgias reparadoras o convênio é obrigado a cobrir?

Os planos de saúde são obrigados a cobrir diversas cirurgias reparadoras como as citadas acima e as seguintes:

• Reconstrução mamária após mastectomia por câncer
• Correção de defeitos congênitos (como lábio leporino)
• Cirurgias pós-bariátricas para remoção de excesso de pele
• Reconstruções após acidentes ou traumas
• Correção de queimaduras graves

Convênio cobre cirurgia plástica pós-bariátrica (retirada de pele)?

Pacientes que passaram por cirurgia bariátrica (redução de estômago) e desenvolveram excesso de pele abdominal, causando irritações, infecções recorrentes e problemas posturais, têm direito à cobertura da cirurgia para remoção desse excesso. 

É como se, após perder muito peso, você continuasse carregando parte do “antigo você” na forma de pele excedente – algo que pode ir além da estética e afetar sua saúde e qualidade de vida.

Como conseguir a autorização do convênio para cirurgia plástica?

Para aumentar as chances de ter sua cirurgia plástica autorizada pelo convênio, siga estes passos:

1. Consulte um médico especialista que avalie a necessidade do procedimento
2. Obtenha um laudo médico detalhado explicando os motivos da indicação e destacando o caráter reparador da cirurgia
3. Reúna exames complementares que comprovem a necessidade do procedimento
4. Preencha o requerimento de autorização fornecido pelo plano de saúde
5. Apresente toda a documentação à operadora e aguarde a análise

Preciso de laudo médico para o convênio cobrir a cirurgia plástica?

Absolutamente! O laudo médico é a peça fundamental para conseguir a cobertura.

Ele deve ser detalhado, emitido por um médico especialista, e justificar claramente a necessidade do procedimento por razões funcionais ou reparadoras, não apenas estéticas. 

É como se o laudo fosse a “chave” que abre a porta da cobertura do seu plano – sem ele, dificilmente você conseguirá autorização.

O que fazer se o plano de saúde negar a cobertura da cirurgia plástica reparadora?

Se o plano negar a cobertura mesmo com toda a documentação comprovando o caráter reparador da cirurgia, você pode:

1. Solicitar uma reanálise, apresentando novos laudos ou complementando os existentes
2. Recorrer à ouvidoria da operadora
3. Registrar uma reclamação na ANS
4. Em último caso, buscar auxílio jurídico

A ação judicial para obrigar o plano de saúde a cobrir a cirurgia plástica é geralmente elaborada com um pedido de liminar, que pode ser analisado pela Justiça em até 48 horas em alguns casos. 

Mesmo que o juiz não conceda a liminar inicialmente, isso não significa que você jamais conseguirá esse direito.

Como saber se o meu plano de saúde específico cobre cirurgia plástica?

Para verificar se seu plano específico cobre determinada cirurgia plástica:

1. Leia atentamente o contrato do seu plano
2. Entre em contato com a central de atendimento da operadora
3. Consulte o site da ANS para verificar o Rol de Procedimentos obrigatórios
4. Converse com seu médico sobre a possibilidade de enquadrar o procedimento como reparador

Lembre-se: a linha entre estético e reparador às vezes pode parecer tênue, mas faz toda a diferença na hora de conseguir a cobertura do seu plano.

Um bom laudo médico, que demonstre claramente a necessidade funcional ou reparadora do procedimento, é seu maior aliado.

A cirurgia plástica pelo convênio é um direito quando há necessidade médica comprovada.

Não desista facilmente se acredita que seu caso se enquadra nos critérios de cobertura obrigatória!

Como a ANS define os procedimentos obrigatórios para os planos de saúde?

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define os procedimentos de cobertura obrigatória para os planos de saúde por meio do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. 

Este Rol é uma lista que detalha os serviços mínimos – como consultas, exames, cirurgias, tratamentos e terapias – que todos os planos de saúde são legalmente obrigados a oferecer aos seus beneficiários no Brasil. 

O objetivo é garantir que os usuários tenham acesso a cuidados essenciais para a manutenção da saúde.

Processo de Definição e Atualização:

• Periodicidade: A ANS atualiza o Rol periodicamente para incorporar avanços médicos e novas tecnologias. O ciclo de atualização chegou a ser reduzido para seis meses.
• Critérios Técnicos: A inclusão de novos procedimentos baseia-se em análises técnicas rigorosas, como a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS). Essa avaliação considera a eficácia, a segurança, as evidências científicas e o impacto orçamentário dos procedimentos propostos.
• Abrangência: O Rol contempla procedimentos necessários para prevenção de doenças, recuperação, manutenção e reabilitação da saúde física e psicológica, cobrindo doenças listadas na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
• Participação Social: O processo de atualização inclui a participação da sociedade, recebendo sugestões e contribuições de especialistas, entidades médicas, operadoras e cidadãos por meio de consultas públicas.

Natureza do Rol:

• Cobertura Mínima: O Rol estabelece a cobertura mínima obrigatória. Os planos de saúde podem oferecer coberturas adicionais, mais amplas do que as exigidas pelo Rol.
• Interpretação Legal: Houve debates sobre a natureza do Rol. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a decidir que o Rol era, em regra, taxativo (limitado ao que está expressamente listado), embora admitindo exceções sob condições específicas. Posteriormente, uma lei (PL 2.033/22) foi aprovada buscando definir o Rol como exemplificativo, ou seja, uma referência mínima, facilitando, sob certos critérios, a cobertura de procedimentos não listados explicitamente

Talvez te interesse saber mais sobre minha atuação como médico perito ou assistente técnico, auxiliando na confecção de laudos e pareceres técnicos.

No link abaixo tem algumas informações específicas para quem já fez cirurgia bariátrica:

https://www.migalhas.com.br/depeso/396462/plano-de-saude-e-obrigado-a-custear-cirurgias-plasticas-em-paciente