O texto abaixo passou por uma tradução médica do material disponibilizado pelo governo norte-americano sobre os riscos do implante de silicone mamário.
Quem traduziu o texto?
Com mais de 10 anos de experiência, o cirurgião plástico Dr. Ricardo da Fonseca se dedica a se aprimorar nesta área médica, desde 2012.
Nosso consultório fica no bairro Juvevê, ele está à sua disposição para esclarecer suas dúvidas e te ajudar a alcançar seu objetivo.
Oferecemos um atendimento realmente exclusivo e as consultas levam o tempo que for necessário.
Utilizamos as melhores práticas para a cirurgia e, no pós-operatório, você recebe assistência humanizada e cuidadosa.
O Dr. Ricardo realiza a cirurgia do início ao fim, deixando o centro cirúrgico somente depois da paciente acordar e estar bem.
O pós-operatório é acompanhado pessoalmente pelo Dr. Ricardo, que deixa seu telefone pessoal disponível para todas as suas pacientes operadas.
O Dr. Ricardo da Fonseca se especializou em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial e Cirurgia Plástica Infantil na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Ministério da Saúde (INTO).
E também realizou fellows em renomados hospitais da Austrália e Canadá, adquirindo experiência no que há de melhor na sua área.
Em 2017, Dr. Ricardo começou a atender em Curitiba, tendo atuado nos seguintes hospitais:
- Chefe do Serviço de Cirurgia da Face do Hospital Universitário Cajurú, de 2018 a 2019.
- Membro da equipe de Cirurgia Plástica Infantil do Hospital Pequeno Príncipe de 2018 a 2020.
- Preceptor do serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de 2019 a 2021.
- Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, de 2020 a 2021.
- Membro da equipe de Cirurgia Craniofacial do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie desde 2019.
- Médico perito do estado de Santa Catarina e do Tribunal de Justiça do Paraná, desde 2021.
Riscos do Implante de Silicone Mamário:
- Dor nas mamas e alteração da sensibilidade da mama e dos mamilos.
- Necessidade de cirurgias adicionais com ou sem remoção dos implantes de silicone.
- Rejeição do implante, como é popularmente conhecida a contratura capsular. A cicatriz que se forma ao redor do implante de silicone pode se contrair e deformar a mama.
- Ruptura do implante, a prótese pode furar e vazar o silicone.
- Alguns tipos de câncer associado a prótese de silicone (linfoma anaplásico de grandes células, outros linfomas, carcinoma de células escamosas e outros tumores como sarcoma)
- Doenças reumáticas
- Impacto na amamentação
- Efeito na criança que amamenta
Complicações do Implante de Silicone Mamário
As complicações abaixo ocorrem em no mínimo 1% das pacientes, a qualquer tempo depois de implantado o silicone.
- Assimetria: as mamas ficam diferentes em termo de tamanho, formato ou altura.
- Dor na mama: Dor no mamilo ou na mama.
- Calcificação: nódulos endurecidos embaixo da pele, ao redor do implante. Isso pode ser confundido com câncer de mama durante a mamografia e acabar levando a cirurgias desnecessárias.
- Contratura Capsular: existe uma cápsula cicatricial ao redor do implante de silicone que pode começar a se contrair esmagando o implante, deixando a mama dura, deformada e algumas vezes com dor.
- Deformidade do tórax: as costelas podem se deformar ao longo do tempo pela pressão do implante de silicone nas mamas.
- Esvaziamento do implante: pode ocorrer em caso de ruptura com vazamento do silicone.
- Demora na cicatrização: quando a cicatriz da cirurgia leva mais tempo que o normal.
- Extrusão: a pele se abre e o implante aparece através dela, devendo ser descartado.
- Hematoma: uma coleção de sangue que ocorre no local da cirurgia. Pode causar edema, dor e vermelhidão. Geralmente ocorrem logo após a cirurgia, mas pode ocorrer em qualquer tempo se houver um trauma na mama. Pequenos hematomas podem ser absorvidos, mas os grandes precisam ser drenados por um médico.
- Dano iatrogênico: o cirurgião pode causar um dano aos tecidos do tórax ou ao próprio implante de silicone enquanto realiza a cirurgia.
- Infecção, incluindo a Síndrome do Choque Tóxico: ocorre quando microrganismos como bactérias ou fungos contaminam o implante de silicone. A maioria das infecções que resultam da cirurgia aparecem em poucos dias, mas infecções são possíveis de ocorrer a qualquer tempo depois do procedimento. Se a infecção não responde a antibióticos, o implante precisa ser removido.
- Inflamação: pode aparecer como vermelhidão, inchaço, dor, ou calor local. É uma resposta do organismo ao trauma ou a uma infecção.
- Linfadenopatia: aumento de tamanho dos linfonodos (“gânglios”, ou “íngua” como são popularmente chamados).
- Mal posicionamento ou desposicionamento: o implante de silicone fica em uma posição inadequada na mama. Pode ocorrer durante a cirurgia ou depois se o implante se move da posição original. Esta alteração pode ocorrer devido a gravidade, trauma ou contratura capsular.
- Necrose: é a morte da pele ou dos tecidos ao redor da mama. Necrose pode ser causada por infecção, uso de corticoides injetados dentro da mama, por cigarro, quimioterapia, radioterapia, calor excessivo ou por aplicar gelo demais nas mamas após a cirurgia.
- Alteração de sensibilidade na mama ou mamilo: pode ocorrer aumento ou diminuição da sensibilidade do mamilo ou da mama. A intensidade pode ser variável e pode ser temporário ou permanente. Isso pode afetar sexualmente a pessoa e a amamentação.
- Implante palpável: a prótese pode ficar palpável ou perceptível ao toque através da pele.
- Queda da mama (ptose): a queda da mama normalmente é resultado do envelhecimento, gravidez e perda de peso.
- Vermelhidão ou equimose: sangramento durante a cirurgia pode levar a mudança de coloração da pele. Isso é um sintoma esperado após a cirurgia e normalmente é temporário.
- Ruptura: um vazamento ou mesmo um furo no revestimento do implante.
- Seroma: coleção de líquido ao redor do implante de silicone. Pode causar inchaço, dor ou irritação. O corpo pode absorver pequenos seromas, os maiores precisam de tratamento médico.
- Vermelhidão da pele (rash): vermelhidão na mama ou ao redor dela.
- Insatisfação com o tamanho: a paciente pode não ficar satisfeita com o estilo, tamanho ou formato do implante de silicone utilizado.
- Enrugamento (wrinkling / rippling): o enrugamento do implante e dos tecidos ao redor pode se tornar palpável ou visível através da pele.
Cirurgias Adicionais
Os implantes de silicone mamário não são considerados produtos vitalícios. Quanto mais tempo a pessoa os tem, maior a chance de desenvolver complicações. Algumas complicações irão requerer tratamento cirúrgico.
Não há nenhuma garantia de que você irá ter um resultado esteticamente satisfatório com qualquer cirurgia.
O tipo de cirurgia realizado em uma reoperação depende da complicação envolvida. Você pode precisar de uma ou mais cirurgias ao longo da vida devido a uma complicação ou a combinação de várias complicações locais.
Os tipos de procedimentos cirúrgicos podem variar numa reoperação, abaixo alguns exemplos:
- Explante da prótese de silicone, com ou sem recolocação de outro implante.
- Remoção da cápsula do implante ou liberação do tecido cicatricial ao redor da prótese.
- Revisão da cicatriz, com a remoção de uma cicatriz excessiva.
- Drenagem de hematoma ou seroma com uma agulha ou mesmo reabertura da ferida cirúrgica.
- Reposicionamento do implante através de uma nova cirurgia, aberta, com a mobilização da prótese.
- Biópsia ou remoção de cisto através de um corte na pele ou de uma agulha grossa.
Explante de Silicone ou Remoção da Prótese
Se você decidiu remover seus implantes, ou se o explante foi uma indicação médica, existem dois métodos para isso.
O cirurgião plástico pode escolher remover apenas o implante de silicone e deixar a cápsula (cicatriz ao redor do implante) no seu corpo. Esta opção é uma cirurgia menor, com menos riscos de complicação como sangramento.
Uma alternativa é que o cirurgião pode remover também a cápsula cicatricial enquanto realiza o explante. Isso é chamado ressecção em bloco. Você deve discutir com seu cirurgião qual é o método mais indicado no seu caso.
Se você apresentar sintomas de BIA-ALCL (linfoma relacionado às próteses de silicone), como inchaço, dor, ou outras mudanças na área ao redor da sua mama, converse com seu cirurgião para uma avaliação mais apurada.
A avaliação do BIA-ALCL geralmente envolve o exame físico feito pelo médico, exame de imagem e coleta de fluido que se localiza ao redor do implante.
É importante passar por uma avaliação diagnóstica de BIA-ALCL, porque se confirmado o linfoma o tipo de cirurgia a ser feito pode mudar.
A cirurgia chamada de ressecção em bloco é mais extensa, podendo ser com a remoção do implante com toda sua cápsula (capsulectomia total) ou com remoção parcial. Você deve discutir com seu médico qual método é o melhor para seu caso.
Geralmente, pacientes com BIA-ALCL confirmado deveriam passar por explante com remoção da cápsula, o que é uma cirurgia de maior porte.
O tempo de vida do implante de silicone varia de acordo com o organismo de cada pessoa e não pode ser predito.
Você pode necessitar de uma cirurgia de explante em algum momento durante sua vida, por uma ou mais complicações. Como qualquer cirurgia, isso pode trazer riscos associados ao próprio procedimento e a anestesia.
Após o explante, algumas mulheres escolhem não fazer ter um novo implante de silicone. Estas mulheres podem ter um resultado esteticamente ruim, com irregularidades na pele, enrugamento, flacidez e concavidade da parede torácica.
Alguns convênios e seguros de saúde podem não oferecer cobertura para cirurgia de explante ou de recolocação da prótese de silicone, mesmo que haja uma complicação na cirurgia inicial que tenha sido coberta.
Contratura Capsular
(popularmente conhecida como rejeição da prótese de silicone)
A contratura capsular é o endurecimento ao redor do implante mamário. Pode ocorrer ao redor de um ou dos dois implantes de silicone. Este endurecimento aperta os tecidos e pode ser doloroso.
A contratura capsular tende a ser mais comum após infecção, hematoma e seroma. Apesar de a causa exata da contratura capsular não ser totalmente conhecida ainda.
Existem 4 graus de contratura capsula conhecida como escala de Baker:
- Grau 1: Mama normalmente macia e com aparência natural.
- Grau 2: Mamas um pouco firmes, mas com aparência natural.
- Grau 3: Mama endurecida e com aparência alterada.
- Grau 4: a mama está dura, dolorosa e com aparência anormal.
Graus 3 e 4 de contratura capsular são considerados severos e exigem uma reoperação.
O procedimento cirúrgico em geral envolve a remoção do implante com ou sem recolocação de outro.
Não existe nenhum aparelho aprovado pelo FDA (análogo norte americano da ANVISA) para tratar ou reduzir a incidência de contratura capsular.
Ruptura e Deflação
Ruptura é um vazamento ou um buraco na camada externa que envolve o implante de silicone.
Algumas causas de ruptura são:
- Contratura capsular
- Compressão da mama durante a mamografia
- Dano por um instrumento cirúrgico (durante a cirurgia)
- Dano durante um procedimento mamário, como biópsia
- Envelhecimento do implante
- Trauma ou pressão física intensa sobre o implante de silicone
- Manipulação excessiva da prótese durante a cirurgia
Ruptura nos implantes preenchidos com gel de silicone
Implante de silicone mamário pode se romper a qualquer momento após a cirurgia, mas quanto mais tempo no organismo, maior a possibilidade de romper.
Se o seu implante preenchido com gel de silicone se romper, você e seu médico não irão perceber imediatamente, porque a maioria das rupturas não tem sintomas, são “silenciosas”.
A ruptura silenciosa não muda a forma visível do implante ou a palpação, o médico não consegue identificar no exame físico. O melhor método para diagnóstico é a ressonância magnética. A ultrassonografia é uma alternativa aceitável para rastreio em pacientes assintomáticas.
Algumas vezes quando o implante se rompe a paciente pode perceber uma mudança no tamanho ou formato da mama, palpar nodulações na mama ou no tórax, apresentar assimetria, dor, inchaço, rigidez na mama, dormência, queimação ou mudança da sensibilidade.
Geralmente quando ocorre ruptura o gel escapa através da camada externa do implante de silicone, mas se mantém contido na cápsula cicatricial que envolve a prótese, o que é chamado de ruptura intra-capsular.
Se o gel de silicone migra além da cápsula que envolve a prótese, é chamado ruptura extra-capsular. Algumas vezes depois da ruptura o gel pode migrar para áreas distantes pelo corpo. Pode ser bastante difícil remover o gel de silicone depois da ruptura.
Impacto na Amamentação
Algumas mulheres submetidas a implante de prótese de silicone mamário podem amamentar com sucesso, outras não.
Mulheres que passaram por mastectomia e reconstrução da mama com implante, provavelmente não conseguiram amamentar com o lado afetado pela perda da mama, por não ter glândula para produzir leite.
Efeito nas Crianças
Atualmente, não se sabe se uma pequena quantidade de silicone pode passar pela barreira do implante para o leite materno durante a amamentação.
Não existe um método acurado para detectar silicone no leite materno.
Um estudo medindo o silício (um dos componentes do silicone) não detectou níveis mais altos em mulheres com implante de gel de silicone quando comparadas com mulheres sem implante.
Além disso, preocupações quanto aos recém-nascidos de mães com prótese de silicone vem crescendo. Dois estudos mostraram não haver riscos para os bebês. Apesar de que baixo peso ao nascer foi relatado em um terceiro estudo, outros fatores ( como baixo peso da gestante) podem explicar este achado.
Doença do Silicone
Sintomas como cansaço, perda de memoria, vermelhidão no corpo, pensamento lentificado e dor nas juntas podem estar associados com implante de silicone mamário. Alguns pacientes usam o termo “doença do silicone” para descrever estes sintomas.
Pesquisadores estão investigando estes sintomas para melhor entender qual seria sua origem. Tanto os sintomas quanto suas causas são muito pouco compreendidos.
Em alguns casos, o explante, sem recolocação de nova prótese, tem levado a melhora dos sintomas.
Linfoma Anaplásico de Grandes Células Associado ao Implante Mamário (BIA-ALCL)
É um tipo de linfoma de células T que pode se desenvolver ao redor do implante de silicone.
O tratamento em geral é feito com a remoção em bloco do implante, sem colocação de outro no lugar. Em alguns casos pode ser necessário quimioterapia ou radioterapia.
A maioria dos casos tem uma excelente evolução.
Relatos de Carcinoma de Células Escamosas, Vários Linfomas diferentes do BIA-ALCL e Tumores Mesenquimais, Incluindo o Sarcoma.
A literatura científica já relatou casos destes tipos de câncer ao redor do implante de silicone mamário, mas as o conhecimento médico atual é limitado a este respeito.
Monitorando seu Implante de Silicone Mamário
Se você notar qualquer sintoma fora do normal, relate imediatamente para seu cirurgião ou para seu médico assistente.
Siga as instruções de rastreio com exames de imagem, estes exames para detecção precoce de câncer de mama pode ser diferente para pessoas com implante e sem.
Se você tem uma mamografia agendada, informe no local que possui implante mamário de silicone e pergunte o que esperar.
Seu médico pode recomendar outros exames, como ultrassonografia ou ressonância magnética.
O FDA (análogo norte americano da ANVISA) recomenda que os pacientes com implante de silicone façam exame de rastreio para ruptura, regularmente.
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